Estados Unidos na ditadura militar brasileira

O texto seguinte é interessante por ser mais uma confirmação do que já se sabe faz tempo: os Estados Unidos sempre se mostram como porta-vozes da democracia e da paz mundial, adotam, no entanto, políticas em que o lucro das empresas estadunidenses é o fator determinante em termos de política internacional. Ele foi publicado no sítio Brasil Wiki![1] em 14/01/2007:

Documentos secretos da diplomacia americana só agora revelados mostram que o governo Richard Nixon (1969-74) sabia da tortura no Brasil em 1973-74. O embaixador dos EUA em Brasília, John Crimmins, sugeriu que Nixon não cortasse créditos ao Brasil como retaliação aos abusos. Isso poderia atrapalhar a estratégia de "influenciar a política brasileira" e a venda de armas ao país, argumentou. Telegramas revelam que americanos tinham fontes no aparelho de repressão brasileiro e sabiam do assassinato de dissidentes. Crimmins não quis falar de sua atuação como embaixador à época. A Embaixada dos EUA em Brasília não se manifestou. (Folha. 14/01/2007. págs. 1 e A10 a A13)

E o texto seguinte, versando o mesmo assunto, saiu no blog do jornalista Flávio Gomes[2] em 16/01/2007:

Deu na "Folha", domingo, em excelente matéria de Rubens Valente: o embaixador americano no Brasil em 1973/74 informou Nixon sobre os métodos da ditadura (tortura, assassinatos), mas recomendou que o Grande Irmão Que Zela Pelos Direitos Humanos na Terra e Adjacências não fizesse nada, nem pensar em denunciar o país, porque a estratégia americana deveria ser "influenciar a política brasileira". Reproduzo o telegrama enviado pelo embaixador ao Departamento de Estado: "O programa norte-americano de assistência à segurança do Brasil é uma ferramenta essencial aos nossos esforços de influenciar a política brasileira. O programa vem sendo efetivo em começar a restabelecer os EUA como fonte primária de equipamento, treinamento e doutrina para as Forças Armadas do Brasil. Interessa-nos muito, porém, consolidar e expandir nossos ganhos recentes na provisão de equipamento militar ao Brasil", afirma.

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